quinta-feira, 17 de abril de 2008
Mulher, filhos e trabalho...uma relação (ainda) complicada!
Gente, gostaria de registrar aqui as dificuldades que ainda encontra a mulher com filhos no mercado de trabalho. Recentemente, fui fazer uma entrevista para uma vaga de assessora de comunicação política de um partido nacional e não pude ficar porque tinha uma filha. Em outro período, um grande jornal de São Paulo também alegou que eu não poderia assumir a vaga (da qual, passei pelo teste escrito) porque tinha uma filha (...) Resultado: a escolhida foi uma recém-formada que desistiu da vaga três dias depois. O mais interessante, é que nos dois casos, quem me entrevistou foram homens. E mais, em ambos os casos, os dois tinham três filhos! Em outras palavras: ELES PODEM , porque em casa contam com o total apoio familiar da mulher e de parentes. Já para nós isso não é permitido, porque o filho "ainda é muito mais da mãe" do que "do pai". Então, mulheres, em especial, jornalistas, fica o aviso: se quiserem trabalhar com tranqüilidade, é melhor abrir mão da maternidade, porque com certeza AINDA vão ouvir esse tipo de coisa. E não adianta argumentar que você é uma profissional responsável e conta com o suporte necessário para a criança, seja da escola, do pai, parentes ou profissionais domésticos. Sem contar, gente, que essas coisas precisam ser dividades entre os pais de uma maneira mais justa. Porque, pelo que vejo, no mercado de comunicação, os patrões querem pessoas sem horário pra sair, do tipo dedicação exclusiva, o que já é um abuso para qualquer ser humano, seja homem ou mulher. Para eles, o homem também não tem família? Ainda iremos repercutir essa situação aqui. Alô Sindicato dos Jornalistas, que tal discutir essa situação com mais profundidade?