domingo, 13 de dezembro de 2009

Mais um crime chocante, de caráter passional, é registrado em Fortaleza, estado que concentra um dos maiores índices de violência contra a mulher. A jornalista Kérsia Porto, 29 (foto), foi assassinada com seis tiros pelo seu marido, o sargento Francisco Antonio de Lima, 33, que depois cometeu o suicídio. A suspeita é que tenha havido um homicídio seguido de suicídio, motivado por ciúmes. Esse ano, o Ceará registrou 124 casos de mulheres assassinadas. Isso sem contar as agressões, que ocorrem todos os dias.
As estatísticas mostram que a violência só tem aumentado no Estado, sendo que 80% dos casos estão relacionados ao consumo de álcool e drogas - percentual bem maior do que o nacional (57%), segundo dados da Delegacia de Defesa da Mulher. Em todos os casos, há uma relação de poder do homem sobre o corpo da mulher, como se este fosse uma propriedade.

Mas, se a violência contra a mulher só aumenta, é preciso mais rigor com aplicação da Lei Maria da Penha e mais empenho da sociedade para que esta não seja abrandada, como desejam alguns dos nosso parlamentares.

Falta ainda mais seriedade com esse assunto tão sério. Torna-se necessário que as mulheres conheçam mais a Lei Maria da Penha, pois só passsam a buscar seus direitos quando sofrem algum tipo de agressão.

Não podemos dizer que uma relação a dois não tenha seus momentos de maior ou menor possessividade, de ambas as partes, mas convém entender que existe um limite entre o "saudável" e o "doentio", principalmente quando mistura-se ao consumo de álcool e drogas. É preciso que as mulheres, em especial, saibam compreender a hora de buscar ajuda.

Isso significa, principalmente, o direito de ter controle do próprio corpo e de assumir a direção de suas vidas, de uma forma compartilhada com seus companheiros, mas sem a neurose de viver uma simbiose.
Ninguém tem direito a impor seus desejos ou expectativas sobre o outro, seja homem ou seja mulher.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A primeira voluntária no Exército Brasileiro

Admiro muito mulheres que independente de suas concepções políticas e/ou ideológicas, romperam barreiras e assumiram posições reservadas exclusivamente ao mundo masculino. Vejam o caso de Elza Cansanção Medeiros, ou simplesmente, major Elza, que faleceu esta semana aos 88 anos. Major Elza foi a primeira mulher a alistar-se como voluntária na Diretoria de Saúde do Exército na segunda Guerra Mundial. Na verdade, ela sonhava em seguir na linha de frente, mas na época o Exército Brasileiro não aceita mulheres combatentes. Seguiu, então, como enfermeira no Destacamento Precursor de Saúde da FEB. Ela aprendeu a pilotar ultraleves aos 60 anos de idade e também escreveu vários livros sobre sua participação na guerra, tornando-se a mulher mais condecorada Brasil.

Nossa singela homenagem!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Campanha pra lá de importante


Essa é a campanha do blog Corporativismo Feminino (www.corporativismofeminino.com) do qual sou uma fiel seguidora.
Atinge em cheio as mulheres.
A-do-rei!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Irede Cardoso: uma feminista de verdade


Em nossa sessão retrô, nosso blog faz uma justa homenagem à jornalista Irede Cardoso, falecida em 2000, aos 62 anos. Irede foi uma das mais aguerridas feministas do País. Trabalhou na Folha como repórter e editora de Educação. Integrou a equipe de articulistas do jornal e assinava a coluna "Feminismo". Também foi editora do programa "TV Mulher", da Rede Globo. Vereadora por dez anos, eleita em 1982 e reeleita em 1986 pelo PT, ela deixou o partido em abril de 1990, passando para o PV e filiando-se ao PMDB em janeiro de 1992. Em 1995, aderiu ao PPB a convite do então prefeito Paulo Maluf, embora tenha liderado o movimento "Maluf Nunca Mais" cinco anos antes. Sua passagem pela imprensa e pela Câmara Municipal sempre foi marcada pela militância e pela polêmica.No início dos anos 80, entre outros grupos, Irede integrou o Pró-Mulher e a Frente das Mulheres Feministas.Entre seus vários livros, a jornalista lançou em 1981 "Os Momentos Dramáticos da Mulher Brasileira" (Global), uma espécie de história da mulher no Brasil. Publicamos o jornalzinho da mandato parlamentar, quando era vereadora pelo PV. Nossas saudosa homenagem a essa guerreira.