Na última quinta-feira, 9/9, tive a oportunidade de prestigiar o lançamento do livro "Aborto Medicamentoso no Brasil", da coleção Democracia, Estado Laico e Direitos Humanos, organizado pela Comissão de Cidadania e Reprodução (CCR). Essa ONG reúne profissionais da área de ciências sociais, médicas, humanas e jurídicas, com vistas à produção de conhecimentos para a atuação de movimentos sociais e à formulação de políticas públicas.
Na ocasião, pude conversar com a pesquisadora do Núcleo de Estudos da População da Unicamp e integrante da CCR, Margareth Arilha, sobre a política de redução de danos causados pelo uso do misoprostol (medicamento mais conhecido como Cytotec). Embora ainda engatinhe no Brasil, considero essa discussão muito bem-vinda, pois são incontáveis os riscos causados à saúde das mulheres que utilizaram essa medicação, sem o devido conhecimento. Vale ressaltar que, no desespero de uma gravidez indesejada, muitas se submetem a comprar produtos falsificados na Internet ou em bancas de camelôs desonestos.
Segundo Magareth Arilha, a prática de redução de danos já inspirou ações similares em países, como Peru, Argentina e Uruguai. Contudo, o Brasil avançou pouco nessa direção. ´Infelizmente, existe uma tendência conservadora crescente em todas as áreas no Brasil que impede aprofundar esse debate. E muitas vezes, são as próprias as instituições públicas que cedem a essas pressões", explica.
Não podemos esquecer que o direito às informações de saúde é assegurado por uma portaria da Anvisa. E as mulheres têm todo o direito de saber mais sobre esse assunto.
Fica aí o recado.
Quem quiser solicitar um exemplar do livro, basta entrar em contato com a CCR no e-mail: ccr@cebrap.org.br
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